tag:blogger.com,1999:blog-91321319243764110252024-03-05T20:56:49.018-08:00Palavras ao VentoAntónio Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.comBlogger539125tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-50125683405685828702013-09-16T07:27:00.000-07:002013-09-16T07:48:00.208-07:00Fim "do nada e do ser"Caros leitores,<br />
<br />
Este blog tem quase 5 anos de existência. Era minha intenção terminá-lo com a capa de uma versão em papel, mas, por circunstâncias várias decidi terminá-lo antes de isso acontecer, se é que vai acontecer.<br />
Ficará on-line.<br />
Obrigado!António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-43714357634621118722013-09-14T16:37:00.004-07:002013-09-16T05:47:45.212-07:00Sem sentidos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdaMiFkR2mR7CbBV7l0C0wBOiVuI5_ZNIMiXZvF07AFsNZS62ZkhlIXTLoGQq8DQcShD4Icij2kDhbWnGFrrbBsukLSm7FYCYNUXZXseShm0CRbNkXBTO5XzBYmnljjYsijijCTU-J4wB-/s1600/C%C3%A9u.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdaMiFkR2mR7CbBV7l0C0wBOiVuI5_ZNIMiXZvF07AFsNZS62ZkhlIXTLoGQq8DQcShD4Icij2kDhbWnGFrrbBsukLSm7FYCYNUXZXseShm0CRbNkXBTO5XzBYmnljjYsijijCTU-J4wB-/s640/C%C3%A9u.png" /></a></div><br />
<br />
Ceguei.<br />
Deixei de olhar os pássaros,<br />
invejo a sua liberdade.<br />
Deixei de olhar o universo,<br />
tento, apenas, reflectir o infinito.<br />
<br />
[...]<br />
António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-63997021856282317492013-09-12T16:18:00.002-07:002013-09-12T16:18:22.802-07:00Uma ponte[...]<br />
<br />
É uma bola de neve que se agiganta à medida que rola pelo declive de nós próprios. Talvez se possa dizer que é o encontro de dois mundos: o mundo do passado vencido e o mundo do presente descarnado. Entre eles existe uma ponte: uma maranha de palavras com um oceano de significados que embatem nos talha-mares. Uma ponte que se liga e desliga, que se constrói e se destrói sempre que se apaga e se reescreve tudo de novo. <br />
<br />
[...]António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-26233522898869332002013-09-10T08:28:00.001-07:002013-09-10T08:29:13.853-07:00III Encontro de Autores Transmontanos<iframe src="http://rd3.videos.sapo.pt/playhtml?file=http://rd3.videos.sapo.pt/dOYFaYmIY0W7ZeIpcm9a/mov/1&quality=sd" frameborder="0" scrolling="no" width="400" height="350"></iframe>António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-36079487060013938782013-09-09T06:55:00.001-07:002013-09-09T07:09:01.974-07:00Zeca Afonso - A Formiga No Carreiro<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/qL1jNcRH29o" width="459"></iframe><br />
<br />
<br />
[...]<br />
<br />
A formiga no carreiro<br />
andava à roda da vida<br />
caiu em cima<br />
de uma espinhela caída<br />
<br />
furou furou à brava<br />
numa cova que ali estava<br />
e do cimo de uma delasAntónio Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-47413013563639843182013-09-08T14:52:00.000-07:002013-09-09T06:59:08.289-07:00Laborum<br />
[...]<br />
<br />
E, entre conceitos e palavras, entre este mundo e o outro, entre o Céu e o Inferno, laborava ininterruptamente nesse laboratório de regresso temporal, continuava a encontrar eclipses lunares, reflexos psicológicos inconsistentes, continuava a criar linhas isobáricas e isostáticas de um mapa desconhecido, mas cada vez mais preciso. Construía frágeis represas de memórias susceptíveis de um dia se romperem e tudo alagarem mas, mesmo assim, não perdia um minuto. Continuava nessa busca de regresso aos fundamentos de si, continuava em busca da raiz do medo.António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-59954994463676690982013-09-04T16:24:00.000-07:002013-09-05T04:47:37.793-07:00Descanso<br />
<br />
Às vezes quero julgar esse culpado e desterrá-lo para terras longínquas, condená-lo a prisão perpétua. Julgá-lo neste meu tribunal arbitrário, eu sei, ser juiz em causa própria, eu sei, mas mesmo assim queria julgá-lo, enquanto vive, porque depois não o fará. Depois, pairará na Terra do Nada, navegará ao sabor dos ventos, sem causa nem destino, errará pelos sítios nunca visitados e descansará à sombra de um tempo infinito. Descansará à sombra da tumba de um templário, de um vitral de uma igreja, de uma tela surreal, à sombra de uma árvore, só, erguida na paisagem ondulante e verde. Sei que será assim! <br />
[...]António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-28952879251972900312013-09-02T16:43:00.001-07:002013-09-02T16:43:30.655-07:00Quando a realidade acaba e o sonho começa[...]<br />
<br />
Hoje,<br />
ergui-me sozinho,<br />
debrucei-me sobre a minha geografia,<br />
boçal,<br />
e a realidade feneceu.<br />
<br />
Amanhã,<br />
nas ressonâncias do ontem,<br />
putrefactas,<br />
bêbado pelas causticas inalações de ser<br />
marcharei,<br />
em compasso descompassado e,<br />
talvez o sonho se erga.<br />
António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-66278875425657938352013-08-29T17:21:00.001-07:002013-08-29T17:21:20.555-07:00Vitorino - "Leitaria Garrett" do disco "Leitaria Garrett" (LP 1984)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/VLvCB8_i1Tk" width="459"></iframe>António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-48335874987664471712013-08-28T10:33:00.003-07:002013-08-28T10:39:00.581-07:00Delta de um rio<br />
<br />
<br />
[...]<br />
Dir-se-ia que essa foz de rio que corre dentro dele é um delta largo e amplo, repleto de ilhas habitadas por deusas e deuses autofágicos, que se mantêm à custa da sua ignorância. Um delta de intrigas e interrogações que se cruzam com batimentos cardíacos desconexos, respirares ofegantes, sons silenciosos difíceis e, por fim, tudo resulta na necessidade compreender, despropositada, fóbica, que o enlouquece.António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-89176229809974403012013-08-20T17:23:00.001-07:002013-08-20T17:23:17.072-07:00O sono<br />
[...]<br />
<br />
Meteu-se novamente a caminho. Animado pela descoberta ficou longas noites de vigília, leu mais livros, deixou entrar outros tantos silêncios, subiu ao cume das montanhas, percorreu florestas cheias de lobos e, num parágrafo mais abaixo, finalmente, surgiu o sono.António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-5395228131777209072013-08-16T03:16:00.002-07:002013-08-16T03:29:16.908-07:00O salto para dentro<br />
<br />
O salto para dentro não é um momento, é um processo. O salto não acontece, vai acontecendo. Vai acontecendo quando vemos os seres por nós criados pendurados na secura do deserto.Vai acontecendo quando, ao longo do tempo, colocamos as palavras no tabuleiro de xadrez onde nos movimentamos, e elas, que assumem sempre diferentes valores, revelam-nos as nossas impotências e incoerências. Vai acontecendo quando as notas musicais desenham constantemente, ao longo das noites, bailados abstractos, mesmo à frente dos nossos olhos e não as conseguimos manipular. Vai acontecendo quando as emoções tomam diferentes cores no canto da tela do pensamento, e não as conseguimos pintar.<br />
[...]António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-9077549874118600652013-08-13T05:40:00.001-07:002013-08-13T05:40:48.576-07:00Sérgio Godinho - Etelvina<iframe width="420" height="315" src="//www.youtube.com/embed/As-Inb38Shw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-87625306556507269522013-08-12T13:06:00.001-07:002013-08-12T13:07:39.772-07:00A Nix<br />
<br />
[...]<br />
<br />
Tu, que és cemitério de securas,<br />
horto químico fecundo,<br />
ensina-me a olhar em frente.<br />
Só em ti colho verduras primaveris,<br />
só em ti meço distâncias e memórias,<br />
só em ti bebo clarões,<br />
fogos-de-santelmo reveladores<br />
de tremendas inquietudes.<br />
António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-69009704332698090072013-08-10T13:20:00.002-07:002013-08-12T17:15:41.153-07:00A estrada de Jack Kerouac<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAgNJ74qiyW4EIhrdMObUOXq2yejQUcA4Zt7veybfY7adJHz3TAyeDNhzUeUohL2zGBBXCyIQRzlnt62yVtkJYawAxGKEfsqIk5RsiboiT_7mzjYpcl3QAFEWk_OJ22Mypfk5kKsBhJUUe/s1600/Jack.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAgNJ74qiyW4EIhrdMObUOXq2yejQUcA4Zt7veybfY7adJHz3TAyeDNhzUeUohL2zGBBXCyIQRzlnt62yVtkJYawAxGKEfsqIk5RsiboiT_7mzjYpcl3QAFEWk_OJ22Mypfk5kKsBhJUUe/s320/Jack.png" /></a></div><br />
<br />
(...)<br />
Ainda não aprendeu a conjugar esse verbo. Ainda crente que há um caminho para a felicidade meteu-se estrada fora. Não pela estrada que o Jack Kerouac percorreu, essa não lhe interessava, ficava demasiadamente à superfície. Não que alguma vez a tivesse feito, mas sabia que não o levaria a lado algum. Essa, já ele a tinha experimentado sentado à sombra do velho castanheiro. Essa liberdade de existir como pedra rolante, sem musgo, não existia verdadeiramente. <br />
(...)António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-2889408203054370592013-08-06T13:10:00.002-07:002013-08-07T07:06:29.963-07:00As palavras<br />
<br />
Não! Definitivamente, as palavras não fazem falta a ninguém. Apenas servem para transpor a barreira de um suposto real, simples e comum, e não possuem qualquer outra serventia. Quando, pretensiosamente, pretendem dar corpo ao mundo interior de cada um, se se tentar materializar, nunca chegam aos outros com o real sentido das mesmas. É como se existisse um universo intermédio que as disforma ou, então, por incapacidade a intersecção dos dois mundos é impossível. Quando assim é o melhor é calares-te, tudo o que possas dizer será usado sempre contra ti. António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-56205039828308222272013-08-02T09:29:00.001-07:002013-08-02T09:30:11.670-07:00Dans le Port d Amsterdam Jacques Brel english and french subtitles<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/n2kkr0e_dTQ" width="459"></iframe><br />
<br />
<br />
[...]<br />
<br />
Dans le port d'Amsterdam<br />
Y a des marins qui dansent<br />
En se frottant la panse<br />
Sur la panse des femmes<br />
Et ils tournent et ils dansent<br />
Comme des soleils crachés<br />
Dans le son déchiré<br />
D`un accordéon rance<br />
Ils se tordent le cou<br />
Pour mieux s`entendre rire<br />
Jusqu'à ce que tout à coup<br />
L'accordéon expire<br />
Alors le geste grave<br />
Alors le regard fier<br />
Ils ramènent leur batave<br />
Jusqu'en pleine lumière<br />
<br />
[...]António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-74087369963925406802013-07-31T16:24:00.003-07:002013-07-31T16:24:50.911-07:00Vórtice temporalO tempo era cada vez mais lento. Agora, viajava numa cápsula espacial onde o espaço/tempo se conjugam num relativismo einsteiniano. Estava rodeado de matéria negra, um imenso buraco absorvia tudo. Matéria e não-matéria, tudo era absorvido pelas forças do Nada. Um vórtice impelia-o para um estado de vazio, repleto de memórias, de dores, de incompreensões. <br />
<br />
[...] António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-87309204560512746752013-07-30T10:23:00.001-07:002013-07-30T10:27:32.487-07:00Delírio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf8wXEqH6-7MsyR_LvPN0nzRIwCkrBCih1cXhwFAnj1ff1-LgSWmMQB81OdTfqQt5P_OFajjkL-P3HuaW65omC_7yoDEwzZ29gRDUPfzTDf_TxVP2Y8fS63unQdEtngtdi4V_XH1LUnZ6f/s1600/claepsidra.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf8wXEqH6-7MsyR_LvPN0nzRIwCkrBCih1cXhwFAnj1ff1-LgSWmMQB81OdTfqQt5P_OFajjkL-P3HuaW65omC_7yoDEwzZ29gRDUPfzTDf_TxVP2Y8fS63unQdEtngtdi4V_XH1LUnZ6f/s320/claepsidra.png" /></a></div><br />
– As areias do tempo são finas – respondeu ele, virando-lhe as costas – ténues, tão ténues que se esfumam na clepsidra de sonhos.<br />
A discussão ficou por ali. Foi-se. <br />
Pareceu-lhe que o delírio da voz estava a ir longe de mais. Estava a apontar-lhe uma realidade estranha, que deixara de lhe interessar. Estava a apontar-lhe a Rua do Torno. Aquela que tudo molda à sua imagem e semelhança. Estava a dirigi-lo para a terra das máscaras, a terra dos fingimentos contínuos. Não! Não queria sentir-se melhor. <br />
[...]António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-90274272525096294892013-07-29T03:14:00.004-07:002013-07-29T03:14:21.009-07:00Passeio“Passeio dos sorrisos”, indicava a placa. Seguiu-a. Nada tinha a perder. Emitiu uma gargalhada sem graça e sentiu-se um bobo, um jogral de guizos pendurados nos artelhos. Esboçou um esgar de compreensão, levemente risonho, e sentiu-se cizânia que sobrevive na fenda da fraga. Riu-se com desprezo e sentiu a utopia da justiça. Riu-se da incompreensão e sentiu-se judeu a arder na fogueira. Esboçou um sorriso leve e o crivo social estampou-se-lhe na mente. “Fica para outra vez”, pensou. <br />
<br />
(...)António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-58809454840671589052013-07-27T06:05:00.001-07:002013-07-27T06:27:19.161-07:00Léo Ferré - La solitude (Live)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/ZfNv1p6s458" width="459"></iframe><br />
<br />
Je suis d'un autre pays que le vôtre, d'une autre quartier, d'une autre solitude.<br />
Je m'invente aujourd'hui des chemins de traverse. Je ne suis plus de chez vous.<br />
J'attends des mutants. Biologiquement je m'arrange avec l'idée que je me fais de la biologie: je pisse, j'éjacule, je pleure. Il est de toute première instance que nous façonnions nos idées comme s'il s'agissait d'objets manufacturés.<br />
Je suis prêt à vous procurer les moules. Mais...<br />
<br />
[...]<br />
<br />
António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-64352871872992311082013-07-24T16:11:00.004-07:002013-07-24T16:11:56.767-07:00Além da memória<br />
<br />
Medos,<br />
sombras que vagueiam <br />
na parede quadrada<br />
de um círculo vivencial.<br />
<br />
Genes,<br />
restos memoriais,<br />
de um passado amnésico<br />
em constante orgia geracional.<br />
<br />
(...)<br />
António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-57994993921530464912013-07-23T13:01:00.000-07:002013-07-23T13:01:36.763-07:00Sísifo<br />
A neve da manhã ia-se dissipando quando acabou de subir ao monte. Sentia-se exangue, como sempre, o peso que carregava, a inclinação da serra, tudo isso contribuía para o cansaço que o atormentava. Antes de iniciar a subida, que fazia regular e insistentemente, acodia-lhe sempre um pensamento de desistência. Dizia para consigo mesmo que seria a última vez que faria aquela viagem estafante, que nunca mais aceitaria tamanho sacrifício mas, uma após outra, acabava por, ao longo dos anos, concluir aquele rosário de penas que carregava em todas as suas viagens. Acreditava que sabia porque condescendia. Quando chegava ao cimo, as sensibilidades sociais desapareciam e as horas pensativas que ali passava libertavam-no dos pesos que carregava. Os pensamentos em coisas insondáveis, naquele alto de si, liberta-o dos vales profundos, das promessas sempre adiadas, quebravam-lhe as grades de ferro que trazia dentro dele.<br />
António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-65625999377277569602013-07-21T04:02:00.001-07:002013-07-21T04:02:53.150-07:00Os livrosCaminhou cinquenta anos apenas numa noite. Não teve dias de paz, não cantou nem bailou, não bebeu vinho que lhe anestesiasse o sentir, não provou açúcares, nem as delícias da luz, alimentou-se de gafanhotos como qualquer eremita, absorveu ideias descabidas e grandiosas que os livros lhe serviram de “mão beijada”, gratuitamente. António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9132131924376411025.post-6156105878815994752013-07-15T17:06:00.001-07:002013-07-15T17:06:46.204-07:00Georges Moustaki ma liberté<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/tvSyS9Q_BvQ" width="480"></iframe>António Sá Guéhttp://www.blogger.com/profile/07901112158421061102noreply@blogger.com0