Tudo me é intenso. Sou feito de sons inatingíveis, de olhares com inocência infantil, de sentimentos abissais que reconheço como sedimentos de um sentir agudo de insatisfação, exteriormente sossegada. Todas as emoções que sinto, sinto-as como paradoxais buracos negros que devoram tudo o que aproxima delas, que me impedem de pensar, e que interpreto como catacumbas de medos nunca resolvidos, prisões de um tempo que já não consigo atingir.
Estes exílios internos, que tento captar e a que me obrigo, não passam de placebos desta doença psicótica que alimento sem querer.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
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