sábado, 25 de fevereiro de 2012

Indiferença

Sinto-me indiferente perante as realidade externa que teima em me integrar. Por forças que não entendo fecho-lhe, cada vez mais, as portas. Não quero vive-la, quero ser verdadeiramente eu, sentir as minhas sensações, só esta minha verdade me interessa, por estranha que seja.
Não quero viajar, nem ver falsas paisagens, quero antes viajar em mim, descobri-las nos meus recantos, por escuros que sejam. Não quero ver através dos olhos, prefiro ver através da alma, como os poetas. Não quero ouvir os sons, quero sentir a sua sublime símbologia, como os músicos. Não quero sentir o vento na face, quero descobrir-lhe os segredos que transporta. Não quero que indiquem o caminho, quero ser eu a desvendá-lo.

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