O beco onde hoje vivo encheu-se de luz. Hoje, nenhum dos meus “eus” estagnou perante as sombras, nem perante as nuvens negras que, por vezes, pairam sobre eles. A luz alada que cobria os telhados, que aveludava as pedras da calçada, retiraram das sombras os meus recantos sórdidos. Hoje abri as janelas de par em par. Os reposteiros bafientos, cobertos de pó, foram afastados e deixaram de filtrar a luz. As minhas acanhadas divisões sairam da penumbra acre e refletiram em mim uma consciência que há muito não experimentava. Uma alegria repleta de calma suave desceu em mim. Um vago sopro de uma brisa primaveril trouxe-me outro sentir.
Hoje vi as casas e os bancos de jardim com olhos de criança.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
A vida é prismática e o seu blogue também! Muito bom!
Enviar um comentário