Passamos tantas vezes sem ver que, por vezes, só as cores fortes nos dão a consciência daquilo que nos envolve. Às vezes, é necessário a natureza emitir sinais arrebatadores de presença para a olharmos. Hoje vi o dia abandonar-se nos braços da noite, como nunca. Vi o céu vestir-se de arrebol forte, tão forte que era impossível ficar indiferente. Depois, à medida que o sol se afogava no oceano, este, foi diluindo com água salgada o laranja-forte, a noite foi misturando preto, tudo muito lentamente, sem nunca estagnar, até chegar ao cinzento crepuscular, translúcido e impreciso que se tornava impossível saber onde começava o dia e acabava a noite.
De repente, já entre penumbras e luzes cintilantes da cidade, levantou-ser um brisa arrepiante.
Fui para dentro.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
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