Imagem extraída da obra (Re)Cantos d'Amar Morto de Pedro Castelhano
À noite, quando a luz é difusa, as formas difundem-se na escuridão, parecem adquirir uma outra dimensão, transformam-se, e eu transformo-me com elas. Vem do fundo do meu ser, que já bem conheço, um submundo que apesar de obscurecido considero humano. Vêm de um local onde também há pouca luz, já o disse, um local onde a tridimensionalidade deste mundo parece adquirir formas bidimensionais e onde gosto de me movimentar. É um labirinto, um vórtice onde me perco, um poço onde sigo o ritmo das palavras, onde as persigo dentro de um dicionário caótico, desordenado, muitas vezes sem saber aonde me querem levar. São sensualidades que não consigo descrever, são incorpóreas, fluidas como os ribeiros, devaneios neuróticos, talvez, formicações que me correm nas veias e me convertem nestes pedaços desconexados que por aqui jazem.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
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