Velo a noite. Busco razões desta secura. Nenhuma emoção, nenhum sentimento atravessa a rua deserta. Do branco das paredes nada brota, as melodias são de outro espaço/tempo que não o de hoje, a luz do candeeiro não me aquece. Tudo me surge ermo e vácuo.
Sinto o cansaço físico aproximar-se, ardem-me os olhos, mas esta energia continua a sugar-me, a consumir-me, continua a apoderar-
-se-me das palavras, como por maldição. Esta força centrípeta continua a puxar-me para dentro e de mim nada nasce.
É o vazio, o nada, o absoluto nada.
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