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Creio que, pela primeira vez, descobri que nunca fui talhado para a realidade. Pela primeira vez na minha vida tive a noção que era no mundo dos sonhos que desejava viver. Queria misturar as coisas concretas e abstratas, queria misturar os sons e as cores, queria viver mais em mim do que fora de mim. Tive a perceção clara que preferiria viver essa duplicidade existencial, repleta de canais de irrigação que me mantêm vivo, que me fazem sentir, do que viver uma vida amorfa, falida, a pintar coloridamente o marasmo, a entardecer lentamente sem sonhar.
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In: Quadros da Transmontaneidade
Apresentação: aqui.
segunda-feira, 19 de março de 2012
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