Hoje, falo daqueles abatimentos do sentir, de desolações, humilhações, peças de um puzzle que nunca se encaixam na estrutura da alma, por mais que tentemos, e nunca se libertam de nós, nos perseguem como sombras. São peças dolorosoas, incompreendidas que, em boa verdade, nunca se adaptam a nós, nos doem constantemente, espinhos permanentemente espetado nas sensíveis meninges da alma. Considero-as instrutivas. Ajudam-me a entrar dentro de mim a conhecer as minhas capacidades, a ultrapassar-me, tantas vezes. Há nessa dor fantasma uma aquisição de mim, um cansaço de tudo mas desejado.
É nesse estado que lentamente capto silêncios de mágoa, lágrimas nunca choradas, é nessa espiral de inconsciência que me revelo. É aí, no fundo desse poço, que mais facilmente me encontro. Já me acostumei a ela, a essa dor da alma, procuro-a sem, em boa verdade, a procurar, deixo-me levar pelos imagens sombrias que perduram em mim desde sempre, às vezes arquétipos de nós, e, assim, se me revela o terramoto que sou.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
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