As alucinações dos últimos tempos continuam.É como se vivesse num filme de Fellinni, medonho e incompreensível. Sinto-me vegetar num sistema de tensões internas empedernidas e invisíveis. Sinto-me como se vivesse na pré-história de mim, habito em cavernas, faço chispas com pederneira, acendo fogachos com as quais afuguento as feras que me corroem. Não dormem, para elas não há dia nem noite, habitam-me, consomem-me continuamente e nada as espanta. São reais, não ilusórias. Posso tocá-las. São mais tangíveis que a realidade.
Sinto-as como se fossem conceitos venerados que todos os dias se desconstroem, animais sagrados que me pastam, que me alimentam, que me reduzem a uma nota de rodapé.
Não quero entardecer na pequenez! Não quero sossego, quero dessossego, não quero despojar-me da vida, quero senti-la. Não me interessa a substância das coisas, quero encontrar o seu vazio.
Não quero ter razão, quero elouquecer.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
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