Apaga a luz. Deixa vir a noite mais cedo. Aqui, na trincheira, o tempo não me descobre. Aqui não há princípio nem fim, nem céu nem inferno, apenas sonhos. Sonhos infinitos que o sol desfaz.
Apaga a luz. A noite pertence-nos. Aqui sinto-me protegido de mim e do mundo. Deixa-me sossegar sobre o teu peito, aqui sei que me encontro, sei que um dia verei a razão de querer.
Apaga a luz. Aqui não oiço passos no soalho, nem ventos enigmáticos nas copas das árvores. Aqui não há ecos da infância, apenas tormentas que me comovem.
Apaga a luz...
sábado, 15 de setembro de 2012
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4 comentários:
Estas palavras ocultam algo de sublime. A sua leitura foi uma caricia para a alma e deixou-me profundamente comovida.
Textos como este merecem ser publicados, um dia, num livro que muito bem poderia intitular-se «A trincheira de mim» Um abraço amigo
Talvez um dia, quando decidir acabar com este meu arrazoado nefasto talvez os publique.
Obrigado pelas palavras amigas.
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