Cruzo-me nas formas da noite. Percorro as ruas desertas, alucino, os nervos polarizam-se, o sangue fermenta, sufoco, a escotilha abre-se automaticamente: abre-se-me o futuro. Vejo claro. Há um fantasma de um tempo inexistente que o percorre, uma fantasia de um espaço unidimensional que se supõe permanentemente.
A noite é bela. É feita de sonhos e sombras, matéria-prima de um naufrago no oceano do nada. A noite prende-me ao cordão da vida, nela encontro os vales abissais de onde vim e as planícies serenas para onde quero ir.
Na ausência da noite floresço. Ela é o laço que me ata, nela encontro a razão de estar aqui.
sábado, 8 de setembro de 2012
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