segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Delirium


Há guerras que gritam
E outras que silenciam
Há silêncios que destroem
E outros que questionam
Há gritos silenciosos
E outros de revolta
Há angústias que se calam
e palavras que angustiam
Há correntes que libertam
E outras que ofendem
Há bandeiras com glória
E glórias sem bandeiras
Há delírios sem razão
E razões delirantes
Há reações sem movimento
E movimentos sem ação
Há pressões sem pressão
E opressões sem armas
Há espíritos que se moldam
E outros que renunciam
Há vidas pacíficas
Mas não trazem liberdade
Há moralidades amorais

Que viagem é esta?

Esperem! Fiquem quietos
Não me digam nada
Não me venham com sermões
Não me revelem segredos
Não me expliquem nada: a lutar saberei

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