quinta-feira, 12 de julho de 2012
Sem tempo
Perscruto o tempo,
Desço na deriva da evolução.
Vi Deus criar-me:
Nasci do pecado original,
Da culpa que não tenho,
Sei da minha imperfeição.
Desço mais um degrau,
Vou no tridente de Neptuno
Olho de longe Poseidon,
Não distingo diferenças,
Pegadas comuns do mesmo caminho
Luto por poder,
queimo pelo mito da verdade
e morro de vergonha.
Entro na caverna
sou recolector,
caçador,
luto pela sobrevivência,
Abismo-me com o mundo
crio deuses,
bons e maus,
pretos e brancos,
Não distingo diferenças.
Renasço antropóide
e perco a consciência.
Sou ouriço do mar,
célula,
molécula inorgânica de um
coacervado,
de um caótico mundo
instável.
Expludo,
construo o universo,
os sóis e os planetas.
Caio no vazio,
advém o nada,
a eternidade
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