Às vezes, ao reler os textos anteriores, fico com a sensação que digo sem nada dizer. Reinvento-me a mim próprio nestas confidências, é como se fossem tentativas, repetidas, de descrever esta geografia interna e abstracta que em mim paira, a semelhar nevoeiro inverniço assente nos vales. É, sem dúvida, transformar a realidade a partir deste “eu” inexistente e, perante isto, hoje coloca-se-me a questão: que marcas ficam em mim? Que marcas ficam em quem as lê?
As marcas nos outros não me interessam, a pergunta é meramente retórica. As minhas sei quais são, mas também pouco importam. Transformam-me, viciam-me, elevam-se em mim e talham-me nos passos que dou. Aprendo, todos os dias, a caminhar com elas. Esculpem-me no isolamento.
sábado, 7 de julho de 2012
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