domingo, 1 de julho de 2012

Refúgios intrínsecos


Perdi a alma,
destrui-me no vórtice da dor,
cavalguei nas asas negras da morte
que desprezei.
Agora,
no eclipse da mim,
Dói-me o refúgio do silêncio,
as madrugadas,
que já não tenho para dar.
Dói-me o refúgio do tempo
em aguarelas,
que já não tenho para pintar.
Dói-me o refúgio dos sentidos,
feridas,
que ainda tenho para sarar.
Ó Deus misericordioso!
cortaram-me as pétalas do olhar.

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