Apenas nas horas de sono da minha interioridade encontro maciez. Com este olhar vazio sobre as coisas nada me amacia o sentir. Talvez seja o não saber para onde vou, o não saber de mim, o não saber quem sou, talvez estas incompetêncais pessoais sejam as verdadeiras causas.
Há nesta encruzilhada de mim reflexos de uma certa humanidade incompreensíveis, sei bem disso, mas esta compulsão primária, talvez seja o nome correto, inculcada não sei se por Deus se pelo Diabo, leva-me a uma busca constante de promessas de felicidade, que sei bem não existirem. Teimo nelas diariamente, percorro os campos em busca do trevo de quatro folhas e apenas encontro venenos subtis que recorto nos cantos mais recônditos da minha escuridão.
Vale-me este esconderijo de escrever, de errar pelas palavras aladas, pelas matáforas sucessivas, onde me exponho e me humilho constantemente, mas que me nascem do nada, sem nunca as ter regado convenientemente.
+ POESIA [Colectivo Penêdo] #23
Há 1 semana
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