Eu!, não esqueço que venho das entranhas da terra, da gélida escuridão, eu!, não esqueço que nasci no milagroso e caótico inferno do princípio dos tempos.
Depois!, depois fiz-me, tal como tu, mero mortal, ascendi à superfície, lentamente, moldaram-me forças que tu próprio desconheces. Não penses que 100 anos é muito tempo. Foi apenas há dois dias que vi nascer o sol pela primeira vez. Foi ontem que, pela primeira vez, senti este teimoso vento na face. Desde ontem que este musgo, esta vida que me cobre, cria em mim uma energia transbordante que tu teimas em não compreender.
Não!, não sou mero aglomerado de quartzo, feldspato e mica.
1 comentário:
Olá!
O que dizer?
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
"Fernando Pessoa"
Abraço
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