sábado, 29 de maio de 2010

O ar que se respira

Simula-se sapiência, conhecimento e autoridade. O mercantilismo dos tempos obriga a que as leis do mercado e da aparente ascensão social se sobreponham a todas as outras. Tudo se faz para não manchar o impoluto papel que se prefere sempre branco, sem riscos, sem correcções, a manifestar certezas absolutas. Tudo se faz para revelar manchas da pouca constância. Suspenda-se tudo. Aguente-se tudo até passarem as eleições, aguentem-no até ao fim do ano, aguentem até eu sair daqui, não façam nada, esperem que o tempo resolva…

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