quinta-feira, 26 de julho de 2012

Cansaço


Sento-me na cadeira e espero que a Noite chegue. Fecho os olhos, encosto a cabeça ao travesseiro do cansaço e adormeço. Levito no mundo dos sonhos e afunila-se-me o futuro, fecham-se-me as portas do tempo. Acordo irrequieto, regresso à irrealidade desassossegante onde continuo a sonhar. Cerram-se-me as pálpebras e ordeno-lhe:
- Escuta-me, exterior de mim, maldito sejas, não quero dormir. Não preciso de intervalos. Não quero coisa nenhuma. Não estou cansado, corpo disforme sem dons de vida. Escuta-me... Quero voar e cair do alto.
Escuto-me. Canso-me. Adormeço.

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