Às vezes quero julgar esse culpado e desterrá-lo para terras longínquas, condená-lo a prisão perpétua. Julgá-lo neste meu tribunal arbitrário, eu sei, ser juiz em causa própria, eu sei, mas mesmo assim queria julgá-lo, enquanto vive, porque depois não o fará. Depois, pairará na Terra do Nada, navegará ao sabor dos ventos, sem causa nem destino, errará pelos sítios nunca visitados e descansará à sombra de um tempo infinito. Descansará à sombra da tumba de um templário, de um vitral de uma igreja, de uma tela surreal, à sombra de uma árvore, só, erguida na paisagem ondulante e verde. Sei que será assim!
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