Foto: Paulo Patoleia
O rosto, a expressão do rosto, melhor dizendo, é a janela da alma, como dizem os poetas. Pode ser, e normalmente é, a expressão momentânea do ribeiro que, permanentemente, corre no interior de cada um de nós: às vezes calmo e sereno, outras vezes intempestivo e ludro. A expressão de um rosto pode também ter origem externa e ser a transcendência de um estado de alma alcançado, também momentâneo, quer pelas coisas simples e impressivas que os sentidos conseguem captar, quer porque já todos nós fomos freudeanamente desnudados, e a psicologia das vendas não se cansa de nos saciar. Mas, e não tenho dúvidas de qualquer espécie que a expressão de um rosto contém também a marca indelével de como se pensa o mundo. Um rosto possui também a acumulação de um sentir, de uma forma de estar e de pensar. Há rostos que integram a solidão, as crenças, as alegrias, as tristezas, as certezas, as dúvidas, as angústias, as esperanças... encerram as feridas permanentes de toda uma vida, encarnam a humanidade mais profunda que se pode conhecer.
FESTAS FELIZES | BUENAS FIESTAS
Há 2 dias