domingo, 1 de janeiro de 2012

Escuta, consegues ouvir-me!

Três. Definitivamente!, a geada queimou as as velhas vergônteas das giestas. Nada resiste a este frio enregelante, nem mesmo os viçosos tufos de erva nascidos na última primavera. Tu, no entanto, continuas a aquecer-te à fogueira da mediocridade da vida. Agora, crês que caminhas numa estrada larga, sem pedras nem obstáculos. Vais em em busca da cidade de ouro, deslumbras-te com o brilho do mesmo, que tanto almejas e que já avistas lá no cimo do monte. Parece-te encimado de pedras preciosas e tu ofuscas-te pelo brilho das esmeraldas e dos jaspes. Olha bem! Não passam de belos cristais de geada que derreterão aos primeiros raios de Sol. Escuta! Olha que a pior geada é aquela que vem de dentro.
Escuta! Não passas de liquen que vive em perfeita simbiose com o dinheiro, que encontra nele a libertação. Vais em direção ao Vazio, vais engaiolado e sem saberes crês-te livre.
Assim, jamais partirás!

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