terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cinzas tétricas

As emoções revelam-lhe tristes restos em agonia. O professor insano, de métodos pouco convencionais, jaz pregado no corredor do tempo. Um silêncio de lua cheia trespassa-lhe o peito. Tédios, em estratégia de aranha, espreitam na sombra do pensamento. Morre! Morre pregado nos sonhos de menino que, num ato de benevolência, ainda lhe seguram o coração.
Já não vê os olhos que foram dele. Quase não escuta os lábios de infância que lhe iluminavam as vésperas de um mundo numinoso. Já não sente a alegria de tardes soalheirosas. As emoções dos encantos esvaecem-se... Nada acontece, nem um sinal de resistência.
Finalmente o congelamento.

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