Às vezes penso no meu futuro. Sei que será sempre uma incógnita, sei que não passa de um somatório de momentos inocentes, de decisões erráticas do passado, sei que nunca o conseguirei desvendar. Surge-me do nada, em momentos de lucidez, talvez, aparece em momentos de arrepio e silêncio, sempre impressos na tinta esvaecida da minha mente, moldado em sussuros de argila que não consigo tocar.
Às vezes penso no futuro e surge-me sempre o passado. Não aquele que não vivi. Esse não acredito nele! O passado que vivi mesmo sem ter vivido. O passado da felicidade ignorante de ser, o passado da ávida ansiedade do futuro, o passado da sã loucura de não conhecer.
Às vezes penso no futuro...
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