Tomo nota. É uma verdade agora descoberta, exactamente agora: quanto mais desço em mim, menos relevância adquire o mundo externo. Esta é a verdade dualística que me acompanha desde sempre, e que, diariamente me obriga a decidir.
Nesta bifurcação perene, já não sei se hei-de voltar a entrar no nevoeiro da minha antemanhã distante, e que todos os dias se revela um pouco, ou se, por outro lado, devo seguir a esperança no futuro, onde não vislumbro uma linha de rumo, onde apenas vejo barcaças a navegar à vista, onde o valor das coisas já não é o que aprendi.
Não me entendo, não entendo o mundo.
Cruzo os braços, regresso a mim.
domingo, 16 de janeiro de 2011
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