“Qual força?”, questionava-se ele. “Que significado devo assumir como correcto?”. “Que força devo usar?”.
Era nestas abstracções que o João matutava. Tinham-no aconselhado a usar a “força” ao longo do caminho. E ele caminhava cabisbaixo, pensativo, abstraído, como se nada o circundasse, como se apenas o seu “mundo interior” valesse a pena viver. Na busca da sua razão não tinha formulado hipóteses, nem deduzido previsões lógicas. Não seguia nenhum método científico, com experiências a justificar os resultados, já tinha desistido, seguia o seu instinto. Parecia-lhe, apenas, impossível tropeçar nessa resposta através da dimensão corporal, parecia-lhe, simplesmente, que a resposta teria que a encontrar não na dimensão linear do corpo, mas no volume do seu “Eu” e, silenciosamente, concluía: não é com a força física que se sobe mais um degrau no conhecimento. Não é com a força militar que se caminha em direcção à harmonia.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
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