- Convençam-me! Mostrem-me a caverna da sua sabedoria – ordenou.
E esperava o ministro que lhe mostrassem o esplendor do nada, que lhe descrevessem as paisagens do seu ser, os seu tédios, as suas crenças. Esperava que lhe contassem a harmonia dos seus silêncios, os seus sonhos, todas as suas venturas e desventuras. Esperava ouvir um poema, um estado de alma, uma confissão por absurda que fosse. Esperava, no fundo, que lhe apresentassem razões de uma certa humanidade tão necessária ao cargo.
E o seu assessor, nomeado propositadamente para avaliar os candidatos, e sem perceber, lia a lista infindável dos cursos frequentados, os valores conseguidos, os graus obtidos… Salomão, ao seu lado, não passava de monte áspero e inculto.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário