sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sem título

Desceu mais fundo e, mais à frente, já nas encostas de uma paisagem sem memória, chegam-lhe aos ouvidos sons melodiosos. Avenas de um rio que se adivinhava para lá da última linha de montes. Resquícios de um outro mundo paralelo. A olho nu mediu as distâncias. Estava a muitos quilómetros de si e era difícil avaliá-las, mensurar um mundo que, apesar das tentativas de o descobrir, não reconhecia ainda como seu. Um mundo de múltiplas dimensões, sem substância, um mundo centrifugado pelas rotações sobre si mesmo.

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