domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ecos

Dois. Depois, olho em redor, esquadrinho os teus montes, procuro neles esse vislumbre que tu não és capaz de me dar. Procuro nas giestas, nas estevas, na dureza das fragas, nos torrões, nas amendoeiras, nas rugas dos homens de pele curtida, até na toponímica que tanto me impressionou noutros tempos, e que nunca soube explicar, procuro esse sinal, e o resultado... Parece que troças do meu desalento. Ris-te despudoradamente desta minha incapacidade, desta minha veleidade de tudo querer captar, desta minha fantasia de querer entrar nessa tua quinta-essência, que eu sei possuíres, mas tu ignoras-me, estás rendida a outros valores que não são meus, que eu não compreendo, não te consigo entender, estás fechada em ti mesma,fazes-me pena.
Não sei qual a origem da tamanha incompreensão.

2 comentários:

Wanda Wenceslau disse...

Olá!
Belo texto Sá Gué(Como sempre). Tanto serve para um lugar como para uma pessoa.É para refletir.
Quis deixar um comentário no Blog Torre de Moncorvo in blog, mas não consegui, pois afirmam que comentários é só para os colaboradores.
Sei que agora postas lá também.podes dar-me a informação se ainda estão a formatar o blog?

Abraço

Wanda
São Paulo-Brasil

António Sá Gué disse...

Olá Wanda!
Obrigado.
O "Torre de Moncorvo In Blog", está moribundo, por questões que me ultrapassam.
Vê este: http://torre-moncorvo.blogspot.com/

Abraço,