terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fio de Ariadne

Quanto maior é ânsia de compreender maior o abismo cavado. Tendo abster-me de pensar, libertar-me do produto deste intrincado circuito de sinapses, que não conheço, que não sei onde começa e onde termina, mas que, paradoxalmente, parecem possuir vontade própria. Não me obedecem! Sigo o fio de Ariadne mas logo se me escapa uma ponta e se inicia outra. Levanto-me, ando de trás para a frente, respiro fundo, espreito à janela… nada surte efeito. É impossível controlar este monstro chamado pensamento! É de tal forma poderoso, tão profundamente humano que é irrealizável sair deste dédalo de emoções e pensamentos.
- Age – segredam-me ao ouvido.
Agir é a fórmula para sair do labiríntico mundo interior, concluo.

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