sábado, 6 de dezembro de 2008

Os fojos de Valongo

Entrou nos fojos romanos povoados de incorpóreas figuras, aberrantes, malignas, viventes no submundo da noite, a quem a encantada vida em que se escondiam ia sendo retirada, assassinadas para ser preciso nas palavras, pela iluminação das ruas que tardou em aparecer, eram personagens das verídicas estórias da madrinha-velha, a Tia Espírito-Santo, sim porque ela não mentia, Deus a tenha em descanso, contadas à lareira, à luz da candeia bruxuleante, também ela envolta em enregelantes apagões, arrepiantes assopros, farol de almas perdidas, de sagradas e oportunas benzeduras, por fim foi ver a negritude da lousa, que por estranho que pareça ou não, lhe acalmava o espírito.

Sem comentários: