Arrumo-me. Arrumo o meu ser na desordem de estar, de existir na irrealidade fora de mim. Vou arrumar-me no deserto incompreensível que sou, de existir apenas na realidade do sonho, de pertencer apenas a esta verdade barulhenta interna que me desperta todas as manhãs.
Vou por ação nesta ilusão. Definitivamente! Vou sentar-me, vou acalentar-me nos fins de tarde, perder-me nos ocasos, nos aranzéis de mim mesmo e esperar que os meus desertos se transformem em ruas apinhadas de gente, que os mares adquiram aromas a terra húmida, que os edifícios se pintem de azul profundo, os girassóis deixem de olhar o sol e as sombras desertem
TL - tertúlia de leituras #73
Há 2 dias
Sem comentários:
Enviar um comentário