sábado, 4 de agosto de 2012

Sobram-me horas...

Não sei que sentido tem esta viagem armadilhada de horas sem fim. Será que esta massa informe está destinada a permanecer eternamente entre parêntesis, a navegar entre o passado e o futuro, entre a ideia e a razão?
Não sei! Hoje, sei que me sobram horas para encontrar a frase que nada diga, mas que se seja literariamente bela pelos múltiplos sentidos que possa ter. Sei que me sobram horas para me descobrir na futilidade do tempo, me esconder nas minhas limitações, criar-me e destruir-me em simultâneo. Sei que me sobram horas para carregar as minhas dúvidas e os fardos dos outros.
Sobram-me horas para na maranha de mim conseguir encontrar geometria no plasma do pensamento.

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