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Eles são o soalho quadriculado, preto e branco, que emerge em mim, a porta fechada e aberta, o martelo e o escopro com que me talho. Eles são a revelação metafísica de um mundo que me seduz e que todos os dias contemplo e questiono, a díade de uma consciência que me põe contacto com a minha verdade.
Não nego nenhum deles, aceito-os, aceito a minha imperfeição e tento compeendê-los. Negá-los, pura e simplesmente, é não me tentar entender, é negar-me e negar a existência humana. Negá-los é não suportar o peso da viagem que me oprime, é torná-la ainda mais vazia. Prefiro caminhar com eles na frescura das tardes sombrias, como esta que hoje vivo.
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