
Conscientemente cônscio é este “eu” que espera, o outro, vai-se. Aquele que é um reflexo de mim, aquele que é uma imagem desbotada daquilo que não sou, marca indelével de forças intemporais que não domino, ferrete granítico incompreensível, terrívelmente incompreensível, em breve migrará sem destino, para além-dos-montes, irá para a terra do nada.
Não quero esmolas, lágrimas, nem compreensão, quero simplesmente ir. Deixem-me ir! Deixem-me ir para a terra do vento e da lua. Quero abracá-los, tocá-los, sentir a imponderabilidade enigmática da ausência.
Pagarei a Caronte. Juro que pagarei a Caronte, preparo já a moeda que colocarei sobre a língua.
Sem comentários:
Enviar um comentário