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Tudo me parece irreal. Se a realidade vem de mim, se sou eu que a construo, tudo não passa de mera ilusão, de mero sonho. E se assim concebo o mundo questiono-me: que diferença existe entre o mundo a que chamo real e o mundo dos sonhos? Não sei a resposta mas perturba-me tamanha dissolução. Perturbar-me não saber onde existo. Perturba-me não saber em que matriz acordo diariamente e em que matriz sonho. Que oscilar é este que todos os dias vivo, quando, verdadeiramente, não existem dois pratos nem nenhum eixo de apoio, que balancear é este quando tudo parece unificar-se em mim?
Estas considerações, evetualmente excêntricas, levam-me a pensar se realmente existo, se não passo de uma imagem, de substância estéril deste espaço temporal?
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