segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Racionalizar-me

O que há de mais reles em mim é esta incerteza de tudo. Esta hiperactividade sensitiva que me leva a tentar encontrar justificações para tudo. Esta coisa de racionalizar o mundo permanentemente coloca-me em permanentes hesitações. Nesta busca de equilíbrio interior, ou justiça, não sei bem, torna-me inseguro e só a custo ultrapasso. A todas as horas duvido de mim, dos sentidos, das sensações... Interrogo-me do porquê de tudo isto, de onde me vêem estes sentimentos ambíguos, que reminiscências são estas, se é que são reminiscências?! Não são inatos, creio nisto veementemente, não nasceram comigo, construi-os e eles construiram-me, esta é das poucas certezas que tenho. Conheço-lhe todas as peças, são andaimes de mim, neles subo e caio, neles tropeço e ando, neles me detenho e atravesso.

2 comentários:

Fio de Prumo disse...

A procura interior e as (ainda que constantes)dúvidas que se auto coloca, tornam-no tudo menos inseguro.
Só alguém com muita segurança e convicções fortes pode questionar se tem certezas, pode pôr tudo em causa sem se pôr em causa a si próprio. Parece-me que essas incertezas têm pouco de reles mas que a racionalização também não explica tudo...

António Sá Gué disse...

Para Fio de Prumo:
A questão impõe-se. Se racionalizar não resolve tudo qual a outra fórmula?